quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nasa vai construir avião-foguete para explorar Marte

Agência espacial quer que aparelho estude superfície do planeta por mais de uma hora.


A Nasa (agência espacial americana) anunciou nesta quarta-feira (25) que trabalha em um projeto para desenvolver com ajuda de empresas e profissionais um avião-foguete especialmente destinado à exploração do planeta Marte.

A primeira aeronave a sobrevoar outro planeta se chamará Ares e tem o mesmo tamanho de um avião de pequeno porte.

O equipamento vai ao ar dentro de uma cápsula e ao ser solto, abrirá suas asas, uma cauda e um pára-quedas para depois ligar automaticamente seu motor de foguete até sobrevoar por 1 hora e 15 minutos a uma altura de 1.600 m a superfície de Marte.

A ideia da Nasa é que empresas privadas e profissionais como designers participem do desenvolvimento do avião-foguete, que estava nos planos da agência desde 2006, mas sem um projeto claramente definido.

Fonte: R7 Noticias

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Depois de pousar, avião se choca com sala VIP de aeroporto em Ruanda



KIGALI - Uma pessoa morreu depois que um avião se chocou com a sala VIP do aeroporto de Kigali, capital de Ruanda, nesta quinta-feira. O acidente aconteceu depois que a aeronave já tinha pousado, em segurança.

Richard Masozera, diretor-geral da Autoridade de Aviação Civil de Ruanda, disse que o piloto do avião, capaz de comportar 50 pessoas, reportou um problema dois minutos depois de decolar do aeroporto de Kigali, e pediu para pousar novamente.

"Ele pousou com segurança na pista, mas, por algum motivo, o avião decolou de novo, virou para a direita e colidiu com uma construção", afirmou Masozera. No local atingido funcionava uma sala VIP. As equipes de resgate chegaram rapidamente, mas um passageiro morreu.

Jack Elk, diretor-executivo da companhia Rwandair, disse acreditar que a aeronave tenha "autoacelerado". "O avião não voou novamente, ele 'taxeou' até bater no prédio", afirmou Elk, ressaltando que as caixas-pretas serão analisadas por especialistas. O piloto quebrou a perna e foi levado ao hospital.

Fonte: Ultimo Segundo

Dassault rebate acusações sobre proposta ao Brasil

A disputa entre pesos pesados da aviação militar em torno da venda bilionária de caças ao Brasil acabou por balançar a posição confortável do consórcio francês Rafale, o preferido do governo federal. Em meio ao bombardeio de acusações dos últimos dias, o executivo Jean-Marc Merialdo, diretor da multinacional francesa Dassault e representante do consórcio no País, acusou as concorrentes de divulgar "inverdades" e de agir com "deslealdade" e "falta de compostura" para influenciar a decisão brasileira.

Jean-Marc Merialdo garantiu que a proposta francesa é mais vantajosa para o Brasil porque é a única que garante total transferência de tecnologia ao País. Afirmou também que a nova frota, prevista no projeto FX-2 do governo federal, resgatará a superioridade militar do Brasil na América do Sul, ameaçada por vizinhos como a Venezuela e o Peru, que se equiparam com caças russos e garantirá essa hegemonia pelos próximos 40 anos, até que uma nova geração de aviões militares entre em cena.

O negócio envolve a compra de 36 caças de última geração para modernizar a Força Aérea Brasileira (FAB), num valor estimado de mais de US$ 4 bilhões. Disputam a encomenda o Rafale e dois outros consórcios: o sueco Gripen NG, da Saab, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing. Os três fizeram suas ofertas finais há um mês, com o máximo de desconto que puderam oferecer, e as propostas estão em fase de análise por uma comissão de especialistas do Alto Comando da Aeronáutica.

O relatório com a avaliação das propostas será divulgado até o final do mês, mas a decisão, prevista para dezembro, será política e com base no interesse estratégico do País, segundo tem informado o Ministério da Defesa.

Enquanto o resultado não sai, as três gigantes se digladiam. A Saab divulgou que o seu Gripen custa a metade do preço do Rafale, enquanto a Boeing acusou o modelo francês de estar superfaturado em 40%.

Merialdo garantiu que as alegações da Boeing são falsas e desqualificou o modelo Gripen, o qual rotulou como um "monomotor" de capacidade militar superada, comparada à de um Mirage 2000, que está sendo aposentado. Mas ele se negou a detalhar os valores finais da proposta francesa, alegando respeito à cláusula de confidencialidade.

Além da transferência de tecnologias críticas, ele garantiu que a proposta francesa tem várias vantagens. Uma delas é a contrapartida, oferecida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, de comprar no mínimo 10 aviões KC-390, o mais novo modelo desenvolvido pela Embraer. Além da liderança militar aérea no continente, o Brasil terá preferência para vender na América Latina os Rafale que vier a produzir no futuro.

Os primeiros seis Rafale da encomenda, caso o consórcio vença, serão produzidos na França, com a participação brasileira para garantir aprendizado e a rápida entrega dos primeiros modelos. Os demais 30 caças serão montados no Brasil, provavelmente nos dois parques industriais da Embraer, em São José dos Campos e Gavião Peixoto.

Fonte: G1

Por que o Brasil quer tanto o caça francês?

Uma notícia divulgada em setembro pelo jornal O Estado de São Paulo deixou o publisher da publicação especializada Aviação em Revista, Claúdio Magnavita, com uma pulga atrás da orelha. O Estadão dizia:

- A empreiteira Odebrecht terá uma fatia bem maior do que o imaginado nos 6,7 bilhões que serão desembolsados pelo Ministério da Defesa para equipar a Marinha. Isso porque, além de ter sido escolhida - sem licitação - para construir uma base naval e um esteleiro, a companhia também será parceira do estaleiro francês DNCS na fabricação das embarcações.

O jornalista da Aviação em Revista comentou:

- O incrível desempenho dos franceses na venda dos submarinos e prossivelmente dos aviões de caça ao governo brasileiro merece a colocação de uma lupa, por ter agregado a esta equação um novo personagem que deverá ficar com um bom quinhão do contrato. Surge a construtora Norberto Odebrecht como sócia milionária da operação, atuando nos bastidores da negociação e fornecendo um lastro de relacionamento com a classe política que permeia todas as correntes político-partidárias.

Magnavita acrescentou:

- Trata-se do maior negócio no setor defesa realizado no planeta nos últimos tempos. São 20 bilhões de reais sem contar com os eventuais (e comuns) aditivos futuros. Envolve dois governos democráticos, o do Brasil e o da França, e, de repente, no meio da assinatura do contrato, surge a empreiteira, que vai trazer uma parte deste quinhão para a iniciativa privada. Aceitar como normal esta mistura de público e privado sem que haja licitação, concorrência, e que se esclareçam os caminhos que o capital bilionário oriundo dos cofres públicos tomará, é desafiar a inteligência e o bom senso de qualquer cidadão com um mínimo de instrução. Tudo isso no apagar das luzes de um governo e tendo como interlocutor o ministro da Defesa, Nélson Jobim, que trouxe esta negociação para o seu colo, inclusive com constantes idas e vindas à França.

Já o diretor internacional de Desenvolvimento de Negócios da Boeing, Michael Coggins, disse à Folha de S. Paulo que os franceses fazem "marketing do medo" contra os EUA quando sugerem que a Boeing não irá transferir a tecnologia do Super Hornet F-18 para o Brasil, caso o caça americano venha a ser o escolhido. Coggins disse que o avião americano é 40% mais barato que o Rafale francês e que o Congresso do seu país aprovou a transferência de tecnologia para o Brasil. O executivo da Boeing pegou pesado:

- É frustrante ver o ministro da Defesa da França e seu 'chapinha' da Marinha falarem isso. É intelectualmemente desonesto vir com uma declaração dessas. Só pode ser porque têm um produto 40% mais caro e com um horrendo histórico de manutenção dos aviões [Mirage) no Brasil. Além disso, a transferência de tecnologia que sugerem não empolga ninguém na indústria brasileira. (...) Os franceses estão montados em um cavalo sem pernas. Acredito que os franceses não têm credibilidade. Ou inflacionaram o valor inicial ou vão operar com perda. E fazer isso é uma idéia muito, muito ruim.

A Boeing já se comprometeu a transferir a tecnologia do F-18 para a FAB. A fabricante de aviões sueca Saab ofereceu ao Brasil ampla participação no desenvolvimento do caça Gripen. O F-18 e o Gripen são mais baratos que o Rafale. Mesmo assim, o Brasil bate pé e insiste no negócio com os franceses. O acordou chegou a ser anunciado, precipitadamente, pelo presidente Lula no dia 7 de setembro (ato falho?), causando a indignação dos concorrentes norte-americanos e suecos - o que obrigou o ministro Jobim a entrar em cena e colocar panos quentes na polêmica. Ganhou-se um tempo, até a poeira baixar, mas o interesse pelos caças franceses não diminuiu. Por que, afinal, o Brasil quer tanto o Rafale - um projeto velho (atualizado), pouco testado em combates verdadeiros, e que a França até hoje não conseguiu vender para ninguém?

Vou repetir o que escrevi aqui outro dia: é bom ficar de olho neste negócio de bilhões de dólares.

Fonte: Clic RBS

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

GOL adota sistema de comunicação global inédito no Brasil

Programa via Iridium tem cobertura em 100% do globo, permitindo troca de informações em tempo real entre pilotos e áreas da empresa

A GOL será a primeira empresa aérea brasileira a contar um sistema para comunicação e gestão de suas operações com cobertura global, pela rede de satélites Iridium. A tecnologia permite a troca de informações - por meio de mensagens de texto e voz, em tempo real -, sendo associada ao seu sistema ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System) e utilizada como ferramenta de administração operacional da companhia.

O ACARS via Iridium trará diversos benefícios à companhia: reforço de confiabilidade e segurança operacional, maior controle da performance de aeronaves em voo, além da redução e controle de custos, por meio da redução de peso das aeronaves e maior agilidade na gestão diária da malha aérea. “Esse tipo de comunicação antecipa futuras tendências para gestão do espaço aéreo”, preconiza o Comandante Fernando Rockert de Magalhães, Vice-presidente Técnico da GOL. “Será cada vez mais comum que a comunicação entre cockpit, coordenação de voo nas empresas aéreas e controladores de tráfego aéreo seja feita por um conjunto de mensagens de texto e voz, pois isso traz ganhos para a segurança e para a gestão de custos”, revela.

A constelação de satélites Iridium é eficaz em 100% do globo terrestre, garantindo confiabilidade e precisão para a comunicação entre as diferentes partes que compõem o sistema aéreo. O dispositivo incrementará os recursos para integração das equipes técnicas da companhia, no comando das aeronaves e em terra, de maneira a complementar a já tradicional comunicação via rádio. Também acoplado ao ACARS da GOL, um outro sistema permitirá a troca de mensagens de texto com o controle de tráfego aéreo, que da mesma forma funcionará como complemento à comunicação de voz por rádio.

Além dos benefícios para a segurança operacional, o ACARS via Iridium da GOL conferirá à companhia mais agilidade e flexibilidade para gerir suas operações diariamente, pelo envio de dados em pleno voo. “Teremos acompanhamento em tempo real dos principais dados das aeronaves, como distância percorrida, tempo restante de voo e nível de combustível”, revela o Comandante Adalberto Bogsan, Diretor de Controle de Operações da GOL. “A partir dessas informações, poderemos atuar de maneira mais precisa e ágil nas alterações e trocas de programação das aeronaves e na operação da malha aérea, contribuindo para mantermos os mais altos níveis de pontualidade e regularidade”, explica o diretor.

Outra vantagem é que, com o novo ACARS, a GOL reduzirá o peso de suas aeronaves, com a introdução novas tecnologias para armazenagem de dados em substituição ao conjunto de manuais em papel atualmente embarcado em todos os voos. “Menos peso, mais eficiência no consumo de combustível”, lembra o Comandante Rockert. “A adoção do novo sistema reitera nossa prioridade de gestão à segurança das operações, ao mesmo tempo em que nos dá mais ferramentas para garantir eficiência operacional e, consequentemente, melhor controle de custos”, completa.

Ao invés de uma coleção de livros, os pilotos contarão com o Electronic Flight Bag, que funciona como uma verdadeira biblioteca eletrônica portátil a bordo, de fácil manuseio e interface amigável. Trata-se de um dispositivo de última geração, que permite atualização em tempo real, para todas as equipes envolvidas, a cada vez que a companhia realizar revisões de procedimentos operacionais.

O conjunto de equipamentos e softwares foi exaustivamente testado nos laboratórios da Avionica, empresa norte-americana fornecedora do sistema, com sede em Miami (EUA). Também o sistema foi amplamente testado nas áreas operacionais da GOL e será instalado a partir de janeiro do próximo ano nas aeronaves da companhia, na medida em que forem enviadas para passar por procedimentos habituais de revisão em seu Centro de Manutenção, em Confins (MG). Certificado pela ICAO (International Civil Aviation Organization), em 2008, o sistema foi incluído entre os Standards and Recommended Practices, conjunto de medidas não obrigatórias - mas recomendadas - pelo o órgão que rege a aviação globalmente.

Fonte: Tripulação

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pista de pouso mais alta do país fica a 1.555 metros de altitude

Ela foi construída por imigrante da Letônia, na vila de Monte Verde, em MG. Inclinação da pista atrai pilotos profissionais e aviadores de fim de semana.

A pista de pouso mais alta do país fica a 1.555 metros de altitude, na vila de Monte Verde, em Camanducaia (MG). Ela foi construída pelo letão Verner Grinberg, que tinha a aviação como hobby e se mudou para a região na década de 1950. Apesar de ser particular, o local serve de atração turística para moradores e também para pilotos profissionais e amadores.

Outra característica peculiar é a inclinação, que faz a altitude da pista variar entre as duas cabeceiras. O pouso é feito em subida e a decolagem em descida. Segundo o Manual Auxiliar de Rotas Aéreas (Rotaer), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Comando da Aeronáutica (Decea), a extensão da pista é de 1,1 mil metros e a largura de 30 metros.

De acordo com o Rotaer, a altitude registrada da pista é de 1.555 metros. Apesar da informação oficial, uma pequena placa ao lado dos hangares indica que a altitude é de 1.560 metros. Os moradores afirmam que a variação pode ser explicada pela inclinação da pista.

O comandante e piloto executivo Hamilton Munhoz se considera veterano em pousos e decolagens na pista. "A minha operação inicial aqui começou em 1996. Naquela época, a pista tinha cerca de um terço da extensão. A operação de pouso e decolagem no local era considerada de risco. Depois de alguns incidentes, algumas árvores tiveram de ser cortadas para facilitar a vida dos pilotos."

Munhoz afirmou que a pista de Monte Verde exige bastante perícia dos pilotos. "Por estar em uma altitude mais elevada, o ar é mais rarefeito e, por isso, há menos atrito do ar com a aeronave. Isso faz com que o avião ande mais pela pista. Um piloto novato pode ter alguma dificuldade. É por esta razão que o pouso é feito em subida, para ajudar a segurar a aeronave."

Pedro Velloso pousou pela primeira no local com um Cessna 206, que tem motor turbinado. "Um avião com motor aspirado, por exemplo, pode exigir um pouco mais da perícia do piloto, pois se usa mais o motor em operações com altitude mais elevada. A experiência do piloto conta ponto, pois dificilmente se treina em pistas com essa característica."

Em busca da pista mais alta do país

O empresário Paulo Spiller, 65 anos, começou a fazer os primeiros voos em 1983, no Rio de Janeiro. A paixão pela aviação cresceu e, em 2002, se mudou com a mulher e os filhos para a vila mineira. "Pela minha origem europeia e por gostar de frio, comecei a pesquisar onde estaria a pista de pouso mais alta do país e encontrei essa de Monte Verde. Durante esse período, somei cerca de 100 pousos e decolagens aqui."

Há algum tempo sem voar, o empresário disse que os dois filhos herdaram o gosto por aviões. "Um deles está trazendo do Canadá a primeira aeronave de treino da Diamond para o Brasil. O outro está fazendo curso de aviação em Bragança Paulista. O mais interessante é que essa pista se transformou no quintal de nossa casa. Eu saí do Rio de Janeiro para Minas Gerais e, hoje, me considero um 'minerioca'", disse Spiller.

Dono de uma pousada em Monte Verde, ele considera que a pista, se receber algumas melhorias, pode fomentar ainda mais o turismo na região. "Temos um clima excelente e uma diversidade de belezas naturais muito grandes. Essa pista pode vir a receber eventos temáticos de aviação e aumentar o fluxo de turistas em Monte Verde", disse Spiller.

Fonte: Expresso MT