segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Para Jobim, Embraer não decide melhor proposta para compra de caças

RIO - As três empresas que disputam a licitação para o fornecimento de caças de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não protocolaram suas propostas, que devem ser entregues até sexta-feira. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a sinalização dada pela Embraer a favor do produto sueco, o Gripen NG, fabricado pela Saab, não deve ser determinante para a escolha do aparelho. A fabricante brasileira afirmou, segundo o Valor Econômico, que a proposta sueca favoreceria a transferência de tecnologia.

"Não cabe à Embraer ter opinião sobre esse assunto. Cabe ao governo brasileiro e a Embraer não é parte do governo brasileiro", afirmou Jobim, que participou da International Nuclear Atlantic Conference (Inac), no Rio de Janeiro.

Além da empresa sueca, disputam a concorrência a Boeing, com o FA-18 Super Hornet, e a francesa Dassault, com o Rafale. O ministro acrescentou que o acidente da semana passada envolvendo dois aviões Rafale no Mediterrâneo não piora a situação da companhia da França na licitação, uma vez que as primeiras investigações não descartam a possibilidade de erro humano.

Jobim também sepultou a ideia de criação de um serviço de ponte-aérea interligando os aeroportos de Jacarepaguá, no Rio, e do Campo de Marte, em São Paulo. Segundo ele, os dois locais deverão se concentrar no futuro nos voos com helicópteros.

"O Campo de Marte tem uma destinação específica, já que vai ser um dos pontos de passagem do trem de alta velocidade. De outra parte, Jacarepaguá tem inviabilidade de expansão", ressaltou.

(Rafael Rosas | Valor)

Fonte: O Globo

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem combustível para aviação a partir de óleos vegetais

Bioquerosene é mais barato, menos poluente e com alto grau de pureza

Uma equipe da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp desenvolveu tecnologia e depositou patente para o processo de produção de bioquerosene a partir de óleos vegetais. O produto poderá substituir com diversas vantagens o querosene usado como combustível de aviões. Além de ser mais barata, essa alternativa energética é menos poluente, pois não é emissora de enxofre, de compostos nitrogenados, de hidrocarbonetos ou de materiais particulados. Depois da patente, o próximo passo é o estudo da produção em escala industrial. O grupo pretende repassar a tecnologia para empresas interessadas em produzir o bioquerosene.

O processo para a sua obtenção é composto de duas etapas. Na primeira, depois de extraído da planta e refinado, para a retirada de impurezas, o óleo vegetal é colocado em um reator, junto com o catalisador e uma quantidade pré- determinada de álcool, no caso etanol. A quantidade de etanol utilizada no processo foi otimizada por meio de extensivos estudos e é um ponto importante do processo. "O papel do catalisador é acelerar a reação química e fazer com que elocorra em uma temperatura mais baixa", explica o professor Rubens Maciel Filho. Além dele, fazem parte da equipe a professora Maria Regina Wolf Maciel e os pesquisadores César Benedito Batistella e Nívea de Lima da Silva.

O etanol foi o álcool escolhido pela equipe para o processo, por ter baixa massa molar e ser um reagente não-agressivo e renovável. Ele reage com o ácido graxo, dando origem ao bioquerosene. Além disso, o processo gera como subprodutos glicerina, água e o que sobra do etanol não consumido nas reações. Após a separação desses compostos indesejados, o óleo fica mais fino e com menor viscosidade.

A produção de um biocombustível a partir de óleos vegetais é conhecida. A inovação agora é sua qualidade específica e seu uso em produtos aeronáuticos dentro de padrões mais exigentes. Outra novidade do processo, nessa fase da tecnologia desenvolvida pela equipe da Unicamp, é o balanço preciso dasdiversas variáveis envolvidas nas reações químicas e também a purificação nas quais resultam o bioquerosene com as propriedades desejadas. "Para se obter alta conversão de óleo vegetal em bioquerosene e maximizar a produção no menor tempo possível é preciso saber as quantidades exatserem usadas de cada componente da reação e definir as condições apropriadas de operação", explica Maciel Filho. "É preciso dosar com precisão a proporção de óleo vegetal, álcool e catalisador, além da temperatura mais adequada", acrescenta.

A segunda etapa de produção, a mais importante, é a separação de todos os produtos da reação, ou seja, o isolamento do éster, do catalisador, da água e da glicerina. Aí está a grande inovação do processo de produção do bioquerosene desenvolvido pela equipe de Maciel Filho. O isolamento é feito em uma unidade de separação intensificada, em condições de temperatura e pressão que possibilitam a obtenção do bioquerosene de forma economicamente viável e que atende aos requisitos para o querosene de aviação estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Análises
Esse último ponto foi confirmado por análises realizadas na Unicamp e no Instituto de Pesquisa Tecnológicas de São Paulo (IPT). Na verdade, não existem, no Brasil, instituições que possam atestar se o produto obtido atende às especificações do querosene de aviação. "Contudo, os resultados das análises feitas na Unicamp e no IPT foram comparados com a Tabela de especificação do querosene de aviação da ANP", explicam os pesquisadores. "Ficou demonstrado que o bioquerosene possui características semelhantes às do querosene de aviação."

Embora haja uma série de pesquisas e diversos biocombustíveis sendo testados em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, a equipe não identificou processo/produto similar ao desenvolvido. Apesar de ser comentada a existência de experimentos e realizações de testes fazendo uso de bioquerosene, não foi identificada patente na literatura técnica que fizesse uso do mesmo processo, comenta Maciel Filho. "Também não foi encontrado no mercado produto identificado como bioquerosene".

As informações são da Unicamp

Fonte: Midiacon

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Espanha prende piloto argentino acusado de fazer os "voos da morte"

O aeroporto militar que se encontra no extremo sul (esq) do Aeroparque Jorge Newbery (AEP / SABE) era utilizado para os voos da morte A polícia espanhola prendeu ontem em Valencia, na Espanha, o ex-militar argentino Juan Alberto Poch, um dos pilotos acusados de fazer os "voos da morte", com os quais presos políticos eram lançados no mar a partir de aviões em movimento durante a ditadura argentina (1976-1983). A Audiência Nacional (a mais alta corte da Espanha) havia emitido a ordem de prisão a partir de uma solicitação da Justiça argentina, de acordo com informações do jornal El Mundo. Poch estava trabalhando na companhia aérea holandesa Transvia, que pertence ao grupo Air France-KLM. Ele foi detido ontem no aeroporto de Manises enquanto comandava um avião que iria para Amsterdã.
Um porta-voz da Transvia confirmou a prisão, mas não disse há quanto tempo Poch trabalhava na companhia. O ex-militar também tem nacionalidade holandesa. De acordo com o governo do país sul-americano, mais de 11 mil pessoas foram mortas ou desapareceram nos chamados "voos da morte", dos quais os prisioneiros eram lançados amarrados a blocos de cimento. No total, calcula-se que nos sete anos de duração da ditadura militar argentina mais de 30 mil homens e mulheres tenham morrido e outros 8 mil continuam desaparecidos. Em 2005, durante o governo de Néstor Kirchner, a Corte Suprema de Justiça da Argentina revogou a anistia que protegia centenas de pessoas que participaram da ditadura militar. Em um dos processos reabertos no país será julgado o ex-militar Emilio Eduardo Massera, acusado de crimes de lesa-humanidade cometidos na Escola de Mecânica da Armada (Esma), que atuava sob sua responsabilidade. Massera também é processado na Itália pelo sequestro e assassinato de três cidadãos italianos.

Fonte: Site Aviação

MTur anuncia criação de Plano Nacional de Aviação Civil

O Ministério da Defesa está elaborando um Plano Nacional de Aviação Civil. Ainda não foi definido qual o órgão responsável pela implementação das ações. Segundo Fernando Soares, diretor do departamento de Políticas e Aviação Civil, o programa será baseado na Política Nacional de Aviação Civil, que está sendo implementada no país.
"Defendemos a maior concorrência no setor para um aumento de qualidade e queda nos preços. A idéia é gerar uma política que sirva como marco regulatório e crie um ambiente de negócios favorável a novos investimentos". O novo Plano será lançado em 2010.

Fonte: Mercado & Eventos

Anac nega que voo da Team entre o Aeroporto de Jacarepaguá e o Campo de Marte estivesse autorizado

RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou, nesta quinta-feira, que sejam procedentes as informações veiculadas na imprensa pela Team Linhas Aéreas de que já estaria aprovado a autorização de voo regular entre os aeroportos de Jacarepaguá, no Rio, e Campo de Marte, em São Paulo.

Em nota, a Anac informa que o pedido da empresa não foi autorizado devido a questionamentos apresentados pela área de Segurança Operacional da agência. A Infraero também teria levantado dúvidas quanto à capacidade da infraestrutura existente.

"Como procedimento de rotina, quando a Team entrou com o pedido de voos para esses aeroportos, a Anac notificou a Infraero para que realizasse as adequações necessárias. Entretanto, essa notificação não significa que a Team terá sua autorização concedida para operar nos dois aeroportos pretendidos, nem que as mudanças na infraestrutura sejam factíveis de serem realizadas pela Infraero", diz a nota.

Ainda de acordo com a agência, no último dia 9 de setembro, foram exigidas informações e ajustes no plano de segurança apresentado pela Team. Mas a empresa não teria apresentado os dados nem feito os acertos exigidos para que fosse feita uma nova análise de seu pedido.

Fonte: O Globo

Jobim anuncia veto à linha aérea Barra-Campo de Marte

Ministro diz que aeroporto do Rio é pequeno para voos comerciais.
Team anunciara início da operação ainda em outubro.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou no Rio, durante evento da Marinha Mercante, na manhã desta quinta-feira (24), que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou o pedido da companhia aérea Team para operar uma ligação aérea Rio-São Paulo, entre o Aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca, com o Campo de Marte, na Zona Norte paulistana.

Segundo Jobim, o pedido foi negado, principalmente, por não oferecer as condições de segurança necessárias. Ele acrescentou que “o Aeroporto de Jacarepaguá é pequeno e não comporta aeronaves desse porte”.

Prefeito e governador protestam

O anúncio da intenção da Team de fazer a ligação entre as duas cidades provocou reações contrárias do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do governador do Rio, Sergio Cabral. Os dois reclamaram que não foram consultados pela Anac sobre o uso do aeroporto numa ligação Rio-SP.

A Câmara Comunitária da Barra da Tijuca também se reuniu e manifestou sua contrariedade com o anúncio feito pela Team. O aeroporto de Jacarepaguá é usado pela aviação executiva e por helicópteros.

O prefeito do Rio Eduardo Paes anunciou na manhã da quarta-feira (23) que não concorda com a pretensão da Team e criticou a Anac:

“A Anac podia criar o hábito de consultar a prefeitura. Nós vamos dar um jeito de encontrar medidas ambientais, multas e vamos brigar contra isso. É um desrespeito com a população da Barra”, disse Paes, irritado.

Empresa aérea diz que está preparada

A Team informou que contratou 30 funcionários, 15 em cada aeroporto, para iniciar as operações em outubro. Segundo o presidente Mário César Moreira, a intenção é atender os moradores da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

A empresa também já teria reservado a aeronave LET 410, que tem capacidade para 19 passageiros, e faria quatro voos diários de segunda a sexta e um aos domingos, provavelmente no fim de outubro.

Ainda segundo a Team, ela dependia da licença formal da Anac, que já teria determinado à Infraero a adequação dos aeroportos de Jacarepaguá e de Campo de Marte. “O ofício da Anac, do inicio de setembro, deu prazo de 30 dias para Infraero colocar os dois terminais em condições”, disse Moreira.

Fonte: G1 Veja o video com a reportagem completa > Click Aqui

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Prefeito diz que vai brigar com Anac contra ligação área entre Rio e São pelo Aeroporto de Jacarepaguá

RIO - O prefeito Eduardo Paes disse na manhã desta quarta-feira que vai brigar contra a implantação de uma nova ligação área entre Rio e São Paulo pelo Aeroporto de Jacarepaguá. Segundo uma nota publicada hoje na coluna da Flávia Oliveira no GLOBO, Anac determinou à Infraero a adequação dos aeroportos de Jacarepaguá, carioca, e Campo de Marte, paulistano, para operarem voos regulares da Team Linhas Aéreas, com vôos da Zona Oeste entre Rio e São Paulo. De acordo com a nota, foi enviado um ofício, do início do mês, com prazo de 30 dias para a Infraero pôr os dois terminais em condições. No último dia 10, a empresa notificou os administradores. Na prática, a Team poderá inaugurar a linha em 10 de outubro.

- A Anac tem o péssimo hábito de nunca consultar a prefeitura sobre nada. Eles vão ter briga - irritou-se o prefeito logo depois da assinatura do acordo de cooperação para a implementação conjunta do programa Rio Audiovisual e para o lançamento do Fundo de financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcine Rio 1).

Fonte: O Globo

Municípios sugerem mudanças no trajeto

As prefeituras das cidades por onde o trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo vai passar estão avaliando o estudo referencial publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e sugerindo alterações no projeto. Entre os problemas encontrados pelas administrações públicas estão o risco de segregação de bairros e a passagem da linha em áreas de proteção ambiental. Muitas, no entanto, ainda nem tomaram conhecimento do estudo.

Em Campinas, no intervalo entre o aeroporto de Viracopos e a via Anhanguera, o trem-bala passa por dois bairros pela superfície, causando a segregação das áreas. A prefeitura reivindica à ANTT que esse trajeto seja subterrâneo, o que evitaria a divisão dos bairros.

Em Jundiaí, há um problema semelhante. O TAV deve passar por superfície em área urbana e isolar um bairro do centro da cidade. "Esse tipo de problema não pode haver, mas a ANTT diz que o impacto deve ser amenizado", diz Jaderson José Spina, secretário de Planejamento e Meio Ambiente do município.

As prefeituras estão sendo orientadas pela ANTT a enviar suas observações por escrito até o fim do período de consulta pública do TAV, adiado para 15 de outubro. O prazo já foi estendido por duas vezes para atender a necessidade dos interessados por mais tempo para avaliação.

A prefeitura de Campinas também reivindica que a estação do TAV, que ficará no centro da cidade, seja instalada no terminal rodoviário, e não no ferroviário, como prevê o estudo. A mudança do trajeto representa uma diferença de 400 metros e o secretário de Transportes da cidade, Gerson Luis Bittencourt, diz que a alteração se justifica pela estrutura existente no terminal rodoviário, mais adequado para receber os Passageiros.

"Pelo traçado, o TAV passaria ao lado da rodoviária, mas não pararia. Nossa proposta foi bem aceita", diz. As duas sugestões ficaram de ser analisadas pela ANTT e, segundo Bittencourt, não representariam alteração nos custos da obra.

A prefeitura de Jundiaí quer que o o trem-bala siga o traçado da rodovia dos Bandeirantes, em vez de entrar na cidade e gerar novas desapropriações. Segundo Spina, a construção do trem-bala deve acarretar a desapropriação de uma área total de cerca de 1,5 milhão de metros quadrados (m2) na cidade, considerando que a linha de alta velocidade percorrerá 25 quilômetros (km) dentro de Jundiaí.

A resposta que tiveram é de que o a rodovia tem muitas curvas, o que não permite que o trem alcance a velocidade esperada, de até 300 km/h. "O projeto pode perder em tempo, mas ganhar em qualidade. Acredito que não seja possível seguir toda a rodovia dos Bandeirantes, mas poderia ver qual o máximo de aproveitamento", diz o secretário Spina. Outra opção seria fazer esse percurso por túnel, o que, porém, é mais caro.

A maior preocupação da prefeitura é com a Serra do Japi, área de proteção ambiental próxima à rodovia Anhanguera. Segundo o traçado referencial, o trem-bala deve passar pela serra, apesar de a ANTT informar que a linha se aproximará no máximo 700 metros. "Estamos questionando a ANTT sobre como resolver o problema do impacto ambiental", diz Spina.

Jundiaí concentra várias complicações, pois o trem-bala passará por áreas de proteção ambiental, por zonas urbanas e pelo distrito industrial, próximo a empresas como a fábrica da Coca-Cola Femsa. O traçado atravessa também uma favela, onde a prefeitura estima que será necessário desapropriar 150 casas.

O trem-bala exigirá investimentos novos nas cidades, como no caso do aeroporto de Jundiaí. Segundo Spina, o movimento do aeroporto deverá aumentar com a desativação do Campo de Marte para abrigar uma estação do TAV, pois haverá migração de voos executivos de São Paulo para a cidade. "Nosso aeroporto teria que ter um aumento de capacidade", diz ele.

A prefeitura de Jundiaí faz questão de mostrar, porém, que não é contra o trem, mas quer garantir sua participação na definição do projeto. "Toda vez que há intervenção na cidade, gera um desconforto para as pessoas. Por isso queremos ter a oportunidade para avaliar o projeto, ver o que ele significa em avanços e em problemas", diz o prefeito Miguel Haddad.

O prefeito de Caieiras (SP), Roberto Hamamoto, levou um susto quando viu o estudo do trem-bala e descobriu que a linha deve passar por cima do prédio novo da prefeitura, que ainda nem terminou de ser construído. "Queremos ver direito a questão do traçado", diz ele. O prefeito se queixa que o trem-bala atravessará bairros muito populosos. "Sem estação, a cidade só fica com os prejuízos."

O gerente do projeto de implantação do trem de alta velocidade da ANTT, Roberto Dias David, explica que o período de consulta pública serve justamente para que o governo federal fique ciente das preocupações das áreas envolvidas. "Quanto mais informações forem disponibilizadas, mais sugestões, melhor", diz ele.

O prefeito de Itupeva, Ocimar Polli, por sua vez, questiona se as considerações das administrações municipais terão peso importante na decisão do traçado definitivo do TAV. "O desenvolvimento urbano das cidades pode ser afetado pelo projeto, é importante que nossas opiniões tenham peso", diz.

O representante da ANTT diz que a intenção é que não haja total desacordo com ninguém, e que a agência pretende atender a todos os interessados dentro do possível. "O que o governo fez, para ter ideia dos custos e avaliar a demanda, foi definir um traçado referencial. Ele está definido no nível de estudo e não de projeto", diz David. Segundo ele, as empresas que vão participar da licitação é que deverão fazer as propostas de traçado final, considerando o estudo que o governo fez ou não, mas respeitando as exigências do edital.

Em Guaratinguetá (SP), a última notícia que a prefeitura teve sobre o trem-bala foi uma visita de técnicos da ANTT à cidade em janeiro. O secretário municipal de Planejamento, João Ubiratan de Lima e Silva, acompanhou dois engenheiros pela cidade para conhecerem os locais por onde a linha poderia passar, entre eles a área rural da Colônia de Piagui. "Se passar mesmo pela zona rural é a melhor opção, gera menos impacto", diz ele. Segundo Silva, os produtores não serão afetados, porque a área a ser desapropriada será pequena e o trem deve passar por elevado, a dez metros do solo.

A expectativa da prefeitura de Guaratinguetá é que seja confirmada uma estação na cidade de Aparecida, a 6,5 km da cidade, o que incentivaria o turismo religioso na região. "Isso seria um grande ganho para a cidade. Senão, não teremos benefício nenhum com o trem-bala", diz Silva. Segundo ele, porém, a prefeitura só entrará com essa reivindicação após a construção da linha.

Fonte: Diario do Turismo

Campo de Marte faz campanha contra trajeto do trem-bala

Empresas que usam aeroporto lutam contra possível desativação.
Agência federal afirma que trajeto ainda não está definido.

As empresas de aviação civil que utilizam o Campo de Marte realizam campanha na internet para tentar garantir que o aeroporto, localizado na Zona Norte de São Paulo, não seja desativado para dar lugar ao pátio de manobras do Trem de Alta Velocidade (TAV), que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro. Desenhos preliminares do TAV prevêem a passagem pelo Campo de Marte, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirma que a questão ainda não está decidida e nega informações mais detalhadas sobre o tema.

A ANTT vai encerrar em 15 de outubro o processo de consulta pública que faz parte da construção do TAV.

Preocupada com a desativação do aeroporto, a Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas Intervenientes e Usuários do Aeroporto Campo de Marte (Acecam) distribui e-mails desde 15 de setembro. Nas mensagem, pede que os destinatários enviem mensagens à ANTT sugerindo um trajeto alternativo, que preserve o Campo de Marte. A assessoria da ANTT afirma que já recebeu cerca de 700 mensagens com sugestões para o projeto, mas não soube precisar quantas partiram dos empresários do Campo de Marte.

Fonte: G1

Team deve implementar ponte-aérea alternativa Rio-SP



Está para sair do papel um
projeto de 2007 ( para ver a reportagem do projeto; clik aqui) da empresa aérea regional carioca Team de operar uma ponte aérea alternativa entre o Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e Campo de Marte, em São Paulo. Com a queda da portaria 187, que liberou o uso de aeroportos do Rio, inclusive o Santos Dumont, a Team entrou com um pedido para voar diariamente a rota alternativa. Segundo o presidente da empresa, Mário César Moreira, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já se manifestou favoravelmente por meio de ofício – observando as condições operacionais e de segurança do aeroporto do Rio e de São Paulo – e solicitou que a Infraero adeque os dois aeroportos para realizar as operações em um prazo de 30 dias.

A partir daí, a Team pretende iniciar operações com quatro voos de segunda a sexta-feira, e um aos domingos, utilizando aeronaves Let 410, com capacidade para 19 passageiros e baixa emissão de ruídos. Em cada trecho a tarifa básica deve custar R$ 280. De acordo com Moreira, as rotas utilizadas são de baixa densidade e não oferecem transtornos aos moradores dos bairros próximos, respeitando os limites do aeroporto. “O nosso avião cabe exatamente nos limites de operações do Aeroporto de Jacarepaguá e Campo de Marte”, disse. “O equipamento carioca acaba de ser ampliado e está subutilizado. Não há outras empresas regulares operando no aeroporto”, acrescentou Moreira.

Fonte: Panrotas

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Bombeiros encontram três corpos em local de queda de monomotor em São Paulo

SÃO PAULO - Um avião particular com pelo menos três pessoas a bordo caiu na manhã desta segunda-feira próximo ao município de Santa Isabel, na Região Metropolitana de São Paulo, informou o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. Cerca de três horas depois, junto com partes do avião, três corpos carbonizados foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros de Arujá no Morro Vista Verde, no bairro de Pouso Alegre. As vítimas são dois homens e uma mulher.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o monomotor Tupi PTRYC, com capacidade para três pessoas, saiu, às 9h45, do Aeroporto de São José dos Campos, Professor Urbano Ernesto Stumpf, e deveria ter pousado no Aeroporto de São José do Rio Preto cerca de duas horas depois. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o avião estava com certificado e seguro atualizados.

De acordo com os bombeiros, um morador da região acionou o policiamento após ver um clarão nesta manhã.

O Corpo de Bombeiros de Arujá já retirou os corpos do local, mas deixou os detroços para investigação por parte da Aeronática das causas do acidente.

Fonte: Ultimo Segundo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Voo de presidente de partido alemão faz pouso de emergência

BERLIM - Um avião da companhia Contact Air, filial da Lufthansa, onde viajava o presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Franz Müntefering, fez um pouso de emergência no aeroporto de Stuttgart, sudoeste da Alemanha, nesta segunda-feira.

O avião, que partiu de manhã de Berlim, teve problemas no trem de pouso ao chegar a Stuttgart, por isso foi necessária uma aterrissagem de emergência sobre uma camada de espuma, informou a companhia aérea.

A bordo do avião, do modelo Fokker 100, viajavam 82 passageiros e cinco tripulantes. Segundo a polícia, vários passageiros estão em estado de choque e uma das aeromoças ficou levemente ferida.

"Foi uma situação muito, muito séria. Ficamos dando voltas durante muito tempo, tentamos nos aproximar e tivemos que fazer um pouso de emergência", explicou à imprensa Müntefering, após chegar ao terminal.

O presidente do SPD manifestou seu agradecimento ao capitão do avião devido à "execução magistral" da operação e elogiou os outros funcionários do avião, que, segundo ele, administraram o incidente de forma "profissional".

Müntefering viajava a Stuttgart para participar de um ato eleitoral de seu partido por ocasião das eleições gerais da próxima semana.

Fonte: Ultimo segundo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cobrança por lanches em voo revolta passageiros da Gol

Passageiros do voo 1667 da Gol no trajeto Recife-São Paulo se revoltaram com a cobrança por lanches, no último fim de semana, e decidiram coletar assinaturas contra a medida da companhia, segundo informações do jornalista Vinícius Queiroz Galvão, em reportagem publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

De acordo com o texto, durante o protesto, o comandante mandou avisar, por meio de uma comissária, que pousaria o avião no primeiro aeroporto para expulsar a médica ginecologista Renê Patriota, que liderava o protesto, mas não o fez. Depois, a tripulação informou que a Polícia Federal a esperava em Cumbica.

Outra reclamação era a manipulação simultânea de dinheiro e de alimento e bebida por comissários. "Eles pegam em dinheiro, não lavam as mãos e servem comida. Nós também não temos como sair para ir ao lavabo antes de comer porque os carrinhos do serviço de bordo estão bloqueando a passagem", disse a passageira Lígia Mafra.

Em nota, a Gol diz que vai apurar o incidente e, se "confirmados erros de procedimento, tomará medidas corretivas para que não voltem a acontecer". Afirma ainda que "o serviço de venda a bordo foi adotado recentemente, após realização de estudos aprofundados e pesquisas com clientes" e que "a iniciativa é inédita no Brasil".

Fonte: Folha On-Line