sábado, 25 de abril de 2009

Governo deve decidir em agosto compra de caças pela FAB, diz Jobim

Rio de Janeiro - Na data em que o Brasil comemora o Dia da Aviação de Caça – 22 de abril –, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que está mantida para agosto a decisão que o governo vai tomar sobre o processo de compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira (FAB), chamado de Projeto F-X2. Atualmente, a FAB analisa modelos de aeronaves de três empresas – a francesa Dassault, a americana Boeing e a sueca Saab -, finalistas da licitação. A entrega dos primeiros caças está prevista para 2014.

Jobim voltou a defender a renovação da frota de caças brasileiros. Segundo ele, isso representa uma importante oportunidade de impulsionar a indústria nacional. O acordo que será assinado com a empresa vencedora vai prever a transferência de tecnologia para o Brasil.

“A decisão política da compra será tomada em agosto. Não estamos nos armando por motivos de existência de ameaça ou de inimigo, mas para promover a capacitação nacional. Queremos que o Brasil tenha capacidade [tecnológica] de construir esses aviões, porque toda essa tecnologia importa numa aliança para o desenvolvimento nacional, uma vez que toda ela é dual, ou seja, é transferida para a aviação civil”, disse o ministro.

Hoje, Jobim participou, no Rio de Janeiro, de um evento na Base Aérea de Santa Cruz, zona oeste da cidade, em homenagem aos combatentes da 2ª Guerra Mundial, membros do Esquadrão Senta a Pua.

Durante a cerimônia militar, houve exibição aérea com demonstração da capacidade de ataque dos caças brasileiros, que lançaram bombas e dispararam tiros de canhão em alvos posicionados no estande operacional da Base Aérea.

De acordo com o comando da Aeronáutica, os aviões que serão comprado por meio do Projeto F-X2 vão substituir todos os modelos usados atualmente – Mirage 2000, F-5M e A-1M –, com exceção apenas do Super Tucano, único totalmente produzido no país, pela Embraer.

Essa aeronave é utilizada, por exemplo, no policiamento da Região Amazônica, para abordar aviões suspeitos de transportar drogas e armas.

Fonte:
Agência Brasil