O presidente director da Embraer, Frederico Fleury Curado e o presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto Oliveira, vão ser os anfitriões da cerimónia de lançamento da 'primeira pedra' do Centro de Excelência para Materiais Compósitos da empresa brasileira em Portugal.
Trata-se de uma das duas unidades industriais para a fabricação de componentes que a Embraer prometeu implantar em Évora, um investimento inicial de 148 milhões de euros, que poderá ser alargado a uma terceira unidade, dado que a empresa brasileira já reservou terreno junto do espaço que será ocupado pelas primeiras fábricas no futuro parque aeronáutico da cidade, situado junto ao aeródromo.
Em Évora, a Embraer vai fabricar asas e caudas para as seus aviões de médio porte 170, 190 e jactos executivos Legacy. Os módulos construídos em Évora serão, depois, transportados em navios para o Brasil, onde é feita a montagem final destes aviões. As duas unidades da Embraer deverão criar 578 postos de trabalho directos, total que poderá elevar-se até um máximo de 3500, considerando os indirectos e os que se prevêem para a terceira fábrica.
As instalações terão capacidade para produzir componentes a uma cadência de 13 a 14 aviões por mês. O investimento contempla, igualmente, a ligação a universidades portuguesas para a concepção, engenharia e desenvolvimento de aeronaves.
O primeiro passo para as negociações entre o Governo Português e a Embraer foi dado, em Agosto de 2006, quando José Sócrates visitou a sede da empresa brasileira, em São José dos Campos. Na época, o primeiro-ministro regressou de mãos vazias, mas seguir-se-iam meses de negociação em torno do reforço dos investimentos dos brasileiros na OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal), da qual controlam 65% do capital, em associação com a EADS/Airbus.
Fonte: Exame