De acordo com o comunicado da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, o convênio prevê investimentos de R$ 90,5 milhões para construir, equipar e operar o laboratório. Os recursos serão obtidos pelo governo do Estado e pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A parceria será assinada pela Secretaria de Desenvolvimento, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Embraer e BNDES. A Secretaria de Desenvolvimento também destinou no final de dezembro do ano passado um aporte de R$ 2,5 milhões do orçamento do governo do Estado para adequar o novo laboratório ao local cedido pela prefeitura.
Segundo Alckmin, o laboratório terá condições de competir internacionalmente. " Investir em pesquisa é acreditar no potencial humano. Os equipamentos contarão com tecnologia de ponta para obter competitividade em nível internacional. A iniciativa será importante para ajudar a contornar a crise econômica e retomar o crescimento da indústria aeroespacial de São José dos Campos", afirmou o secretário de Desenvolvimento.
Para João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT, o projeto estudará o aumento na resistência dos materiais estruturais das aeronaves, permitindo maior pressão e umidade dentro da cabine, mas sem aumentar o peso da estrutura. Oliveira ressaltou que o laboratório permitirá desenvolver um amplo espectro de aplicações de materiais na indústria.
"Apesar de ter foco no ramo da aeronáutica, o empreendimento também será capaz de desenvolver tecnologias em aplicações na indústria automobilística e de autopeças, petróleo e gás, naval, bélica, geração e transporte de energia elétrica, construção civil e bens de capital", disse Oliveira.
A Secretaria de Desenvolvimento explica que a base de pesquisas do laboratório será o desenvolvimento de materiais compósitos, obtidos a partir de fibra de carbono e resinas. De acordo com o diretor do IPT, esses materiais aliam alto desempenho estrutural à leveza e o gasto de energia nos equipamentos é menor se comparado a materiais tradicionais. "O desenvolvimento de estruturas leves colabora com a conservação de energia", relatou Oliveira.Fonte: Gazeta Mercantil