A tragédia ocorrida no último sábado, quando um avião Bandeirante caiu no Rio Manacapuru, no Amazonas, e matou 24 pessoas, assim como o incidente registrado na manhã de ontem no Aeroporto Internacional de Rio Branco, ocasião em que o pneu de uma aeronave estourou pouco antes da decolagem, demonstraram que a aviação civil volta a dar sinais de fragilidade na região.
A gravidade dos acidentes ocorridos nos últimos anos fez que com a sociedade chegasse a questionar a ação dos controladores de voo, quando houve inclusive troca de comando nos órgãos gestores da aviação e foi ressaltada a importância de se investir mais na segurança e no controle aéreo.
Levando em consideração que os grandes problemas são antecedidos por sinais de falhas que nem sempre são vistas com gravidade, os usuários do sistema esperam que os últimos acontecimentos com aviões pequenos sirvam de alerta para evitar maiores catástrofes.
Os maiores prejuízos causados por acidentes aéreos são a perda de vidas e o sofrimento da família, além do fato de os processos indenizatórios em casos dess tipo demorarem anos, e até décadas, para serem concluídos.
Os passageiros que na manhã de ontem embarcaram em um avião Bandeirante no Aeroporto Internacional de Rio Branco com destino ao município de Feijó foram surpreendidos por uma falha.
Minutos antes de decolar, um dos pneus estourou e deixou as 18 pessoas que estavam dentro da aeronave apavoradas, já que a fumaça foi intensa no momento do ocorrido.
Messias Viana, um dos passageiros que estava no Bandeirante, acredita que o problema de ontem só não foi maior pela competência e experiência do piloto. “Quando o avião começou a se locomover eu estava com um fone de ouvido e, mesmo assim, escutei um grande estouro. Naquele momento olhei rapidamente para baixo e percebi que tinha muita fumaça saindo do avião. Graças a Deus o piloto era extremamente experiente e conseguiu reverter muito bem a situação”, declarou Messias.
Por conta do problema no avião de pequeno porte, outra aeronave que estava se aproximando do Aeroporto de Rio Branco por volta das 9 horas teve que sobrevoar a cidade por cerca de 40 minutos para que o Bandeirante que apresentou falha fosse retirado da pista e o outro fizesse a aterrissagem normalmente.
Fonte: UOL - on-line