Depois de mais um acidente no final de semana, fica ainda mais evidente a falta de envolvimento e distância da Anac com a aviação geral. Dona Solange Vieira e sua diretoria deixam muito a desejar quando vemos a aviação como um todo. Um segmento tão importante como a aviação geral, que abrange o táxi aéreo, a aviação corporativa e todos os serviços aéreos especializados, sofre sem qualquer fiscalização e uma política clara de segurança de voo.
Por outro lado, é vergonhoso o próprio ministro Roberto Mangabeira Unger vir a público e admitir a incapacidade da Anac de gerir, regular e determinar políticas de aviação civil na Amazônia, e admitir sua intenção de propor uma separação da gerência da aviação daquela região, devolvendo-a para a Força Aérea.
Pareceu-me aquela reportagem ("O Globo" de domingo, dia 08/02/2009) que estão acendendo a luz amarela do ministro da Defesa com relação à gestão da Anac, ou ainda questionam sua atenção com relação ao segmento aviação civil, uma vez que nada que foi proposto por ele próprio como solução para o caos aéreo saiu do papel.
Quem leu a reportagem de "O Globo" viu claramente que o governo admitiu a concorrência predatória com ciência da Anac, o que literalmente destruiu a aviação regional naquela região.
A abertura dos céus no Nordeste já proporcionou também um aumento das passagens das voadoras americanas por conta da falta da concorrência, ou seja, num trecho de voo menor paga-se uma tarifa maior e de quebra se acaba com a aviação comercial brasileira.
Fonte: O globo